Reciclagem e economia circular são alternativa à proibição de descartáveis.
Sancionada em janeiro pelo prefeito de São Paulo, Bruno Covas, a lei que proíbe o fornecimento de descartáveis em estabelecimentos comerciais na cidade vem sendo bastante criticada pela indústria do segmento de plásticos.
É consenso entre os fabricantes de utensílios descartáveis que a lei descarta a oportunidade de mostrar o caminho da economia circular e que a deveria estar acompanhada de iniciativas para melhorar a taxa de reciclagem do material.
O uso de descartáveis é necessário em muitas ocasiões. O mundo está assistindo à epidemia do Coronavírus. Segundo a OMS - Organização Mundial de Saúde, uma das principais formas de prevenir a doença é o não compartilhamento de utensílios domésticos, como copos e talheres.
De acordo com a Abiplast, em uma matéria publicada no Valor Econômico, o impacto da lei no volume da produção deve ser baixo - copos, pratos, etc. representam de 3 a 4% do total produzido. A associação também aponta que, por conta do banimento, a cadeia do plástico poderá sofrer aumento em seus custos fixos.
Além disso, a principal associação do setor vê a medida como simplista e sem embasamento técnico. Outras empresas do setor apontam que não houve debate sobre as necessidades da cidade. Também existem muitas dúvidas sobre como será fiscalização nos estabelecimentos.
O plástico é reciclável! O que precisamos é dar o destino correto para ele após o uso.